Ao apreciarmos a história de Geraldo Cardoso Décourt, não podemos deixar de admirar a sua extraordinária carreira, onde envolveu-se, com sucesso, em diversos campos de atividades. Fez música, publicidade, TV, cinema, pintura e muitos amigos. No futebol de mesa conquistou o reconhecimento de uma legião de praticantes pela sua incansável dedicação em colocar esse esporte ao lado dos entretenimentos mais populares do Brasil. Décourt conheceu o futebol de botões ainda criança, quando residia no Rio de Janeiro.
Em 1928/29, com dezenove anos de idade, emprestou ao jogo o nome Celotex, devido ao material usado na época para as confecções das mesas, que tinha esse nome e era importado de Chicago da The Celotex Co. Alguns meses depois publicava o primeiro livro com as regras oficiais do Celotex e passou a divulgar o jogo através dos jornais e revistas da então capital federal. Organizou torneios e campeonatos. Fundou em 1975 o Botunice, reunindo grupos isolados de jogadores. Em julho de 1982 criou o Hino do Botonista. Certa vez declarou: "O futebol de mesa não é mais um LAZER, mas sim UMA CAUSA".
O nome Celotex foi substituído por Futebol de Mesa, denominação adotada até hoje, e as regras foram mudadas, mas com certeza os praticantes dessa modalidade ainda se apoiam sobre as mesmas bases sólidas e imutáveis assentadas por Geraldo C. Décourt, o Papa do Botonismo. Em seu livro "Aconteceu, sim", publicado em 1987, Décourt reservou um capítulo exclusivo ao futebol de mesa. Um documento valioso para a história do botonismo e leitura indispensável para os amantes desse esporte.
Hoje o Futebol de Mesa é considerado esporte.
Enviado por Beto Stocktotal
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